segunda-feira, 29 de agosto de 2011

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CIRLEI
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LAMENTO.

Flores e amores, sorrisos sem cores
Longe se vai o tempo tempo de sofrimento
A vida que segue o tempo, ou o vento que leva a vida
Acalento histórias
Muitas dores oprimidas
Naus que vão sumindo...
No imenso mar da vida.
Eu quero falar de ternura,
De grandes aventuras,
Falar de coisa belas...
De um céu pontilhado de estrelas
Falar de lindas crianças...
De vitórias e esperanças...
Falar de compreensão...
Ao som de um violão...
Mais neste desencontro diário....
Não encontro ninguém que possa me ouvir
Pois com o orgulho já foram feridos...
E não conseguem siquer tranpor,
O abismo que os separam...
De Deus e o infinito...


autoria Jô de Fênix..

"Desencontro"



"Desencontro"


Não ter morada
Habitar
Como um beijo
Entre os lábios
Fingir-se ausente
E suspirar
(o meu corpo
não se reconhece na espera)
percorrer com um só gesto
o teu corpo
e beber
toda

a ternura
para refazer
o rosto
em que desapareces
o abraço
em que desobedeces

Mia Couto


domingo, 28 de agosto de 2011

EN PAZ .



Artifex vitae artifex sui

Muy cerca de mi ocaso, yo te bendigo, Vida,
porque nunca me diste ni esperanza fallida,
ni trabajos injustos, ni pena inmerecida;

Porque veo al final de mi rudo camino
que yo fui el arquitecto de mi propio destino;
que si extraje las mieles o la hiel de las cosas,
fue porque en ellas puse hiel o mieles sabrosas:
cuando planté rosales coseché siempre rosas.

...Cierto, a mis lozanías va a seguir el invierno:
¡mas tú no me dijiste que mayo fuese eterno!

Hallé sin duda largas las noches de mis penas;
mas no me prometiste tan sólo noches buenas;
y en cambio tuve algunas santamente serenas...

Amé, fui amado, el sol acarició mi faz.
¡Vida, nada me debes! ¡Vida, estamos en paz!


Amado Nervo

AO VENTO...


A noite vem chegando meu amor,
Cantas-me baixinha a tua canção...
E aos meus ouvidos em solidão,
Deixa-os embriagar ao seu primor...

Cantas minh’alma à seu esplendor,
Deixas que pulse o meu coração...
E no meu ilusivo à devassidão
Cantas-me baixinha a minha dor...

Há gargalhadas que não são sorrir,
Há ventos que não são cantigas
E há lágrimas que não são chorar...

A minha dor na noite se passa a rir
Em cantos inquietos que antigas
Foras os dias por meu amor cantar...

(Poeta Dolandmay)

NO SEU IMPOSSÍVEL...

ROSAS E NUA...



OTIMISMO;


QUADRAS DA MINHA SOLIDÃO

QUADRAS DA MINHA SOLIDÃO

Fica longe o sol que vi,
aquecer meu corpo outrora...
Como é breve o sol daqui!
E como é longa esta hora...

Donde estou vejo partir
quem parte certo e feliz.
Só eu fico. E sonho ir,
rumo ao sol do meu país...

Por isso as asas dormentes,
suspiram por outro céu.
Mas ai delas! tão doentes,
não podem voar mais eu...

que comigo, preso a mim,
tudo quanto sei de cor...
Chamem-lhe nomes sem fim,
por todos responde a dor.

Mas dor de quê? dor de quem,
se nada tenho a sofrer?...

Saudade?...Amor?...Sei lá bem!
É qualquer coisa a morrer...

E assim, no pulso dos dias,
sinto chegar outro Outono...
passam as horas esguias,
levando o meu abandono...

Alda Lara

AS ROSAS DE SAADI

AS ROSAS DE SAADI

Esta manhã eu quis levar-te rosas,
Mas tantas eu tinha na cintura presas
Que os nós cerrados não as puderam conter.

Os nós rebentaram. E elas levadas
Pelo vento no mar foram tragadas.
As rosas perdidas eu não consegui rever;

As águas ficaram vermelhas, como inflamadas.
Esta noite minhas vestes ainda estão perfumadas.
Aspira em mim a lembrança de as trazer.

Marceline Desbordes-Valmore
Tradução de Paulo Azevedo Chaves-

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

La noche de grafito

La noche de grafito

Una mujer
presiente el eco de la tierra en sus entrañas.
Agita su pandero, su cúpula de carne.
La están nombrando a voces.
Hay sirenas barrocas que rondan por su cuarto,
un nudillo invisible,
un ariete que empuja y quiere tocar el aire,
salir para mirarla, morder el verbo madre,
asaltarle los pechos,
ser colibrí.

Una mujer
se abalanza a la noche,
viaja en un riel de plata,
no le importa la lluvia ni el fragor del silencio.
El corazón le escuece como un verbo indomable.
Rememora el fermento de esposo que bebiera,
las nueve lunas lánguidas.

Una mujer
ha atravesado el aura de una ciudad que duerme,
la noche de grafito.
Desanuda su claustro, se adentra en sus entrañas.
No espera más.
No vuelve más.

Emite el canto azul de las ballenas.
Está jurando amor
por un desconocido.

Una mujer
celebra
un himeneo de fuego
con la vida.

Ana Istarú

TANGO

..



TANGO
Minha alma
mais parece um tango
que vai deslizando seu baile
entre espartilhos,mantas.
rendas e o chale!
pelos salões da amargura
...e a ternura.

Cada laçada de perna
desata a formosura
que jaz soterrada
como as pétalas frias
macias,embalsamadas
e exaladas
por entre as voltas
soturnas

E por sobre as mesas
vão girando as taças
com seus vinhos derramados
sobre as rosas vermelhas
que,como os sonhos,
pr

ofundos,embriagados
tritonhos,
já se desperfumam

E vou valsando ,girando
meu tango querido,
ferido
por entre os cristais de espuma
enquanto a alma trôpega
entrega sua boca
aos olhares noturnos

Ah esse tango
de passadas pernas,
valsas,rosas eternas,
é como um canto, uma dor
um perfume de amor
em noite de longa espera
que vai desfazendo seu sonho
como o líquido vertido
entre o decote profundo
e o corte do vestido

E vão-se pelos ares turvos
luvas,pernas,corações
beijos antigos
e o meu precário sorriso
sem guizo,
enfeitado de um tom rubro
rubro e solitário baton
... soltário baton
ao som de um triste
bandoneon.

Clarice Mourão

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

SINFONIA DA VIDA...






Tão bom viver intensamente cada dia...
Sem saber do amanhã...
Nas asas das horas, ir vagando,
a saborear lentamente todos os minutos...
Sem preocupar em guardar lembranças na memória,
por não querer reviver nenhuma história.
O tempo é borboleta que bate asas,
foge para longe... quer a liberdade do céu...
Cada um tem seu caminho...
e se outro alguém por ele passa, nada será igual .
A vida é luz do sol,
que renasce, novo, todo dia!
E para não guardar lembranças
de tudo que já passou,
a rosa da vida, feliz entrego
nas mãos do Criador.

(Inspirado no poema de Mário Quintana, “Canção do dia de sempre”)

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

INFÂNCIA

INFÂNCIA

Levaram as grades da varanda
Por onde a casa se avistava.
As grades de prata.

Levaram a sombra dos limoeiros
Por onde rodavam arcos de música
E formigas ruivas.

Levaram a casa de telhado verde
Com suas grutas de conchas
E vidraças de flores foscas.

Levaram a dama e o seu velho piano
Que tocava, tocava, tocava
A pálida sonata.

Levaram as pálpebras dos antigos sonhos,
Deixaram somente a memória
E as lágrimas de agora.

Cecília Meireles

terça-feira, 23 de agosto de 2011

♥ ENTRE A TERRA E O CÉU♥

ENTRE A TERRA E O CÉU

E chegou o dia tão esperado
Nas orações, nas cantigas e nas poesias
Talvez seja um milagre o meu sangue que
Repousou no leito, derramou no lençol e atingiu o céu.
E a esperança agora, cobrirá os sonhos que andavam nus.



A morte não me assusta porque ela está distante de mim.



Tudo que é bom floresce no período certo na
Exatidão do amor e da fé que sobreviveu no coração
Respostas não tenho pra tudo quando o dia se apresenta, em
Realidade cabe-me superar os meses que virão
As limitações e por fim o tempo trará a glória.



E no silêncio que encontro a paz tão valiosa,



Onde repouso meu corpo para ouvir uma canção,





Comovente beleza que vem do toque, dos versos
E da inteira caridade e humildade das palavras
Um pouco mais… eu te falaria do meu AMOR... mas o acróstico acabou.


"Dolandmay"

OS SONHOS ADORMECIDOS

OS SONHOS ADORMECIDOS


O caminho é inteiro perfumado pelas flores...o
Sol nasce concedendo um brilho intenso




Suave luz que no silêncio aquece
O sabor do aroma é sentido nos lábios
Nos sonhos os desejos escondidos
Habitados somente no coração
O sonhar agora é de olhos abertos
Sono livre num horizonte vasto



Alegria tem asas e sobrevoam no espaço
Deliberadamente solta e seduzida...no
Olhar uma súplica de amor
Romântica ternura feita de beijos
Mãos que se tocam refletindo no
Espelho a sombra dos corpos entrelaçados
Carinho que eterniza o amor...mas
Isso tudo é um sonho... e
Dentro dessa fantasia perdida se ouve ao longe
O anjo-cantor que alegra as horas presentes
Saudando não os sonhos...mas o despertar para vida...

"Dolandmay"

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

POR NOME



POEMA DOS OLHOS DA AMADA.


Saudades...


FLOR DO DESEJO.


FLOR DO DESEJO...

Florida era sua vida
Lascivo era seus sonhos
O seu corpo era perfeito
Rosas era seu cheiro


Do jardim era a flor a luzir...mas
O mal a tocou…pobre flor…


Desapareceu ao luar...
E a alma chorou…não é hora de partir...
Seduzida pela chama da vida
Escondeu seus medos na luz do luar
Juvenis encantos a sonhar
Ocultando no coração o desejo de amar...

Débora Neves

MEDITAR...


OBRIGADA SENHOR.


CHICO XAVIER. MENSAGEM


domingo, 21 de agosto de 2011

AS FONTES .

AS FONTES

Um dia quebrarei todas as pontes
Que ligam o meu ser, vivo e total,
À agitação do mundo do irreal,
E calma subirei ate as fontes.

Irei até as fontes onde mora
A plenitude, o límpido esplendor
Que me foi prometido em cada hora,
E na face incompleta do amor.

Irei beber a luz e o amanhecer,
Irei beber a voz dessa promessa
Que às vezes como um vôo me atravessa,
E nela cumprirei todo o meu ser.


Sophia de Mello Breyner Andresen

sábado, 20 de agosto de 2011

NAMASTÊ.


VIAGEM NO ESPELHO.


MEUS DIAS...


Calo-me!


Calo-me!

Estou muda!
Vou me afastar de tudo,
Não quero levar a tristeza
Nem meu silêncio ao mundo.

Poesia precisa de alegria
De dias e noites lindas,
De pássaros em revoadas
De amores felizes, sem cicatrizes.

Calo-me!
Deixo de dizer o que sinto,
Ninguém sabe como vivo
Nem o que sofro no meu destino.

Nada tem haver com paixões!
São legados recebidos sem soluções
São primaveras perdidas na solidão,
É minha vida que já não conhece emoção.

Assim eu prefiro me calar!
Fecho portas e janelas ao luar,
Busco na penumbra a dor passar,
Sou alegria! Isso me apraz
Me salva do amor e da dor que ele trás.

Podem não entender! Não liguem!
Só a mim interessa o que digo,
Vamos brindar os amigos!
Mesmo virtuais me acolhem e abrigam.

Márcia Rocha

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

FOTOGRAFIA EM BRANCO E PRETO!



Minha fotografia está em preto e branco,
Como cinzenta e sem graça está a vida...
Tempo vão, tempo à beira de um barranco,
Traições, Guerras, sangue, era bandida!


Porões escuros, ratos, perdição humana,
Chagas na alma exaurida, na sociedade!
Monstros covardes montando campana...
Crimes hediondos, reino da calamidade!


Agressões, porradas... Mães perversas...
Filhos infames. Assassinos monstruosos!
Famílias desfeitas, pelo mundo dispersas,
Vem de cima o mau exemplo dos ardilosos!


Que mundo é este descolorido e cinéreo?
Com tantas lágrimas amargas para engolir,
Sem devaneios, sem sonhos, sem mistério,
Sem motivos para continuar... Viver... Sorrir!...


O presente é apenas uma cortina branca,
O futuro, um labirinto negro, assustador!
Dependurado num frágil fio de esperança.
Prestes a arrebentar em meio a tanta dor!


Eis a minha súplica, meu brado, meu clamor...
Só há uma solução para tudo, amor, amor!!!
Mary Trujillo

PROCURO...


LEVE A SUA PAZ...


QUE EU CONTINUE ALERTA.


ESPELHO .




ESPELHO.





Espelho
Espelho meu
Voce me traduz
Pra me revelar
Responde as coisas
Que eu não consigo
A ninguem perguntar
E é teu os segredos
Que eu não ouso contar


Ontem


Deprimida eu chorei
E me embriaguei
E em meio à fumaças
As dores traguei
Pra afogar a tristeza
Do amor que eu não dei


Foi aí
Que voce me traiu
E ao trair revelou
O que eu nunca quiz ver
A impiedade do tempo
Que devora os anos
Corrompe a beleza
Em cruéis desenganos


Espelho
Espelho meu
Voce me traduz
Melhor do que eu
Agora
Me diz a verdade
Se existe um sorriso
Mais triste que o meu .


Joao das Flores