sábado, 20 de agosto de 2011

Calo-me!


Calo-me!

Estou muda!
Vou me afastar de tudo,
Não quero levar a tristeza
Nem meu silêncio ao mundo.

Poesia precisa de alegria
De dias e noites lindas,
De pássaros em revoadas
De amores felizes, sem cicatrizes.

Calo-me!
Deixo de dizer o que sinto,
Ninguém sabe como vivo
Nem o que sofro no meu destino.

Nada tem haver com paixões!
São legados recebidos sem soluções
São primaveras perdidas na solidão,
É minha vida que já não conhece emoção.

Assim eu prefiro me calar!
Fecho portas e janelas ao luar,
Busco na penumbra a dor passar,
Sou alegria! Isso me apraz
Me salva do amor e da dor que ele trás.

Podem não entender! Não liguem!
Só a mim interessa o que digo,
Vamos brindar os amigos!
Mesmo virtuais me acolhem e abrigam.

Márcia Rocha

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