domingo, 28 de agosto de 2011

AS ROSAS DE SAADI

AS ROSAS DE SAADI

Esta manhã eu quis levar-te rosas,
Mas tantas eu tinha na cintura presas
Que os nós cerrados não as puderam conter.

Os nós rebentaram. E elas levadas
Pelo vento no mar foram tragadas.
As rosas perdidas eu não consegui rever;

As águas ficaram vermelhas, como inflamadas.
Esta noite minhas vestes ainda estão perfumadas.
Aspira em mim a lembrança de as trazer.

Marceline Desbordes-Valmore
Tradução de Paulo Azevedo Chaves-

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