terça-feira, 6 de setembro de 2011

MENSAGEM e poesia...

O SILÊNCIO



Quando a prova chegue para testar-te-á serenidade e a fé, recorda aqueles que atravessam dificuldades maiores que as tuas, mantendo confiança na vida e calma no sofrimento, ainda quando penúria e morte, calúnia e abandono lhes visitam o coração.

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Observa que a inconformidade e o azedume nunca se converteram em vantagens para ninguém.

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Se o desânimo te acena, ainda mesmo de longe, afasta-te dele, porque o desânimo nada mais consegue fazer que paralisar-te as mãos e enregelar-te os sentimentos.

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Medita nas aflições que explodirão por tua causa naqueles que te cercam, se te entregares à irritação ou ao desalento.

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Soma as bênçãos que já recebeste da Providência Divina, a fim de que não venhas a cair no delito da ingratidão.

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Reconheçamos que o socorro espiritual é sempre mais difícil onde haja tumulto.

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Anotemos que, em sanidade de espírito, somos compelidos a reconhecer que a violência nunca favorecerá a chegada do apoio de que estejamos necessitados.

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Se obstáculos aparecem, lembremo-nos de que o trabalho no bem de todos é o processo de mais facilmente extingui-los.

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Compreendamos que unicamente cooperando na paz dos outros é que o concurso da paz virá ao nosso encontro.

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Quando a prova nos alcance o círculo pessoal, recorramos à oração, entendendo que a oração nem sempre alterará os acontecimentos em torno de nós, mas sempre nos renovará por dentro, iluminando-nos o coração a fim de que saibamos trilhar o caminho seguro do nosso próprio aperfeiçoamento para a sublimação, ante as Leis de Deus.
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Emmanuel





Quando você se observar, à beira do desânimo, acelere o passo para frente, proibindo-se parar.

Ore, pedindo a Deus mais luz para vencer as sombras.

Faça algo de bom, além do cansaço em que se veja.

Leia uma página edificante, que lhe auxilie o raciocínio na mudança construtiva de idéias.

Tente contato de pessoas, cuja conversação lhe melhore o clima espiritual.

Procure um ambiente, no qual lhe seja possível ouvir palavras e instruções que lhe enobreçam os pensamentos.

Preste um favor, especialmente aquele favor que você esteja adiando.

Visite um enfermo, buscando reconforto naqueles que atravessam dificuldades maiores que as suas.

Atenda às tarefas imediatas que esperam por você e que lhe impeçam qualquer demora nas nuvens do desalento.

Guarde a convicção de que todos estamos caminhando para adiante, através de problemas e lutas, na aquisição de experiência, e de que a vida concorda com as pausas de refazimento das nossas forças, mas não se acomoda com a inércia em momento algum.
**********************
André Luiz

TRAJETÓRIA!



Correndo em busca da verdade
desviando da falsidade
menti...


Quanto foi o arrependimento,
das várias vezes em que sai sangrando,
peito aberto
talvez machucando
sem saber se certo ou incerto;
descobri...


Foram tantas e tantas as vezes em que chorei
por motivos que nem sei
e, fui aprendendo como estar
sem precisar errar...
e sai...


Perdi a conta dos amigos que não ficaram,
dos que se distanciaram
por terem me odiado,
por amarem,
dos que amei,
pelos que chorei,
por aqueles que jamais vi
e estou aqui...


Já nem sei
se estou inteira
ou se me fizeram uma metade,
mulher verdadeira
ou feiticeira
me criei
e cri


Estive em campos minados
fugi das explosões,
as internas feriram a mim
outras viraram ilusões
por si só, tiveram um fim;
tidas e todas emoções
o coração destroçado
eu senti...


Fui indigente
muitas vezes exigente
deparei-me com a mesquinhez,
continuei andando
até chegar a minha vez,
fui carente,
por vezes até indolente
Virei gente
sobrevivi...


Fui tudo e nada fui
quase escrava,
presidiária,
fiz meu jogo...
andei no fogo
quase dilui,
fui salva
não perdi...

E fui vivendo,
com a vida aprendendo,
outras vezes quase morrendo,
não morri...
e venci!
(Lara Cardoso)



A CANÇÃO DA TARDE NO CAMPO

Caminho do campo verde
estrada depois de estrada.
Cerca de flores, palmeiras,
serra azul, água calada.

Eu ando sozinha
no meio do vale.
Mas a tarde é minha.

Meus pés vão pisando a terra
Que é a imagem da minha vida:
tão vazia, mas tão bela,
tão certa, mas tão perdida!

Eu ando sozinha
por cima de pedras.
Mas a tarde é minha.

Os meus passos no caminho
são como os passos da lua;
vou chegando, vai fugindo,
minha alma é a sombra da tua.

Eu ando sozinha
por dentro de bosques.
Mas a fonte é minha.

De tanto olhar para longe,
não vejo o que passa perto,
meu peito é puro deserto.
Subo monte, desço monte.

Eu ando sozinha
ao longo da noite.
Mas a estrela é minha.

(Cecilia Meireles)

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